(Ler ouvindo)
Ele e ela não sentem igual. Nem melhor, nem pior, só desigual.
Você faz parte da família, ela não lhe dirá nada e depois voltará atrás. Não enquanto depender dela.A sua dor não será preferida para poupar outrém, ao menos não sempre. Ela o ama, mas não assim.
Você faz parte da vida, ele lhe dirá coisas e voltará atrás sempre que a família à qual você não pertence precisar. A sua dor deverá ser abstraída e aceita. Ele a ama, mas não assim.
E, no fim, não há espaço no seu bote. Então ela vai nadando.
Um bocado de palavras para o mundo que insiste em não ver. Avassaladoras pretensões. Um tanto de hipocrisia. Bolhas de sabão. Sorrisinhos. Ironias. Amores. Tudo com açúcar colorido.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
quarta-feira, 29 de abril de 2009
terça-feira, 28 de abril de 2009
Café Filosófico
Homens e suas coisas...Ou nossas coisas....
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sábado, 25 de abril de 2009
To forget
Ah, a minha sempre presente inabilidade em esquecer! Não só as coisas ruins, como as boas. E, não, as boas nem sempre são boas. Há lembranças que só significam algo se inexistirem. Tão paradoxal quanto verdadeiro. Ver o que foi habilita-me a ver o que não é. E, vez ou outra, sou mais feliz na escuridão.
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“…Living a life I can´t leave behind…”
Isto tudo é por causa do que foi. Esta latente necessidade de pegar a bicicleta e pedalar por ruas numeradas que tão bem dividem quarteirões. O querer seguir o rumo definido pelo pôr-do-Sol e sentir o frio que faz quando a noite não tardará. A saudade da pequena distância a que já estive do que deve ser a liberdade. O não precisar de nada, nem casa, nem amor.
Isto tudo são saudades do que foi e nunca voltará a ser. Ou do que é, mas não aqui.
Isto tudo são saudades do que foi e nunca voltará a ser. Ou do que é, mas não aqui.
From Loirinha
"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar"
sexta-feira, 24 de abril de 2009
As melhores cantadas nerds
I wish I was RNA, so I could have U...
You're so hot you denature my proteins!
My sudden protracted cardiac arrhythmia tells me I love you!
Boy whenever I am near you, I undergo anaerobic respiration because you take my breath away!
Hey baby, can I be your enzyme? Because my active site is dying for a chemical reaction...
It’s a good thing you've got evaporative cooling, cause I’m going to make you sweat!
Baby, you must be a promoter sequence because you are turning me on.
You're so hot you denature my proteins!
My sudden protracted cardiac arrhythmia tells me I love you!
Boy whenever I am near you, I undergo anaerobic respiration because you take my breath away!
Hey baby, can I be your enzyme? Because my active site is dying for a chemical reaction...
It’s a good thing you've got evaporative cooling, cause I’m going to make you sweat!
Baby, you must be a promoter sequence because you are turning me on.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
segunda-feira, 20 de abril de 2009
sábado, 18 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
domingo, 12 de abril de 2009
A ilusão da monogamia – parte I
Pessoas não têm donos. Não neste século e não nos países dotados de alguma sensatez (mesmo que este conceito tenha tornado-se tão difícil de entender). Tolos somos ao acreditarmos que possuímos alguém como quem possui um violino (e quem realmente possui um violino?). De nada vale a artificialidade dos poderes sobre os corpos alheios se seus pensamentos nos são indecifráveis. Nos sonhos, somos todos livres.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Um dia antes, um presente

Fria e seca era uma manhã de julho. Não demorou muito para que sentisse a leve e úmida textura do canteiro de flores no qual se encontrava deitado. O sol invernal brilhava forte e os carros que passavam buzinavam daquela maneira que só fazem em certos dias despercebidamente mágicos. O cheiro de mato e fumaça inebriavam-no e produziam algo entre êxtase e espanto. Não podia ser real. Primeiro sentou-se, como quem esperasse que, ao fazê-lo, acordaria numa cama fria já com o despertador a massacrar-lhe os ouvidos. Não acordou. Tocou os braços, a face, os cabelos que misteriosamente ressurgiram. De um salto só, pôs-se em pé e dedicou os quatro minutos e vinte e oito segundos seguintes a gritar e rodopiar, enquanto chutava as flores e alguma touceira mais desafiadora que lhe surgisse à frente. Ao fim dos giros, sentiu os músculos cansados, a cabeça um tanto quanto aérea e o peito dolorido pelo ar frio e violentamente inalado. E o coração. Batida a batida quis chorar. E chorou. Aquele lugar, sabia-o bem. Se caminhasse em direção às rotatórias, estaria na casa dela antes que um bolo pudesse ficar pronto. Soou como uma excelente idéia e, por assim ser, iniciou a caminhada como quem saltita ao voltar para casa. Casa. Aqui não havia uma guerra, nem tanques, botinas enlameadas, corpos conhecidos desfigurados e apodrecendo. Não havia a dor de ter sepultado o filho e a noiva, nem a vergonha de ter findado outras vidas. Aqui era antes, quinze anos antes. Aqui ainda se podia mudar o rumo das coisas e fazer ver às pessoas. Aqui eram os vinte e três anos e a segunda chance de buscar o infinito.
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