
É noite. Centenas de pessoas e suas centenas de almas. Eu só vejo o silêncio que torna tudo branco e brilhante. Olho-te.
E eu sinto que encontrei. És minha certeza. Sabes de todos os meus (tolos) medos e embaraçosas angústias. Tens a noção exata do que traz-me felicidade. Dás-me um par de estrelas todas as noites e refugias-me numa voz que contém toda a verdade do mundo. Ouves meu desespero mudo e minhas idéias utópicas com a mesma fé com que caminhas. Lês nestes olhos todas as frases não ditas e capturas meus pensamentos como se isso fosse-te tão natural quanto o respirar. E o meu respirar já é parte do teu. E a tudo resisto porque me dedicas o que és e o que queres ser. Que a confiança que depositas em mim não seja jamais em vão. Cantarei-te todos os meus versos infantis e minhas ingênuas melodias. Serei tua amante e viverei-te, até o final deste insano carnaval.
E que as voltas do mundo levem, sim, todas as tardes com atroz velocidade. Não serão tardes a menos, mas solidões a menos. E que venham os dias de sol. Que venhas tu e me leves contigo.
Um comentário:
Lindo!
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