sábado, 24 de outubro de 2009

Os amores que tive

"Mesmo que os romances sejam falsos como o nosso
São bonitas, não importa
São bonitas as canções
Mesmo sendo errados os amantes
Seus amores serão bons"


Os amores que tive não os tenho mais. Perderam-se entre um silêncio e outro que, ou foram demasiado longos ou demasiado curtos. Os meus amores foram sensíveis aos silêncios que não nasceram silêncios, que eram palavras sabidas e não-ditas. Os verdadeiros silêncios encantam-me irremediavelmente...Os silêncios que significam todo o inexpressível. O inexpressível sendo expresso.

Guardei deles uns tantos suspiros, uma ou outra delicadeza, diversas ponderações e um punhado de dores e felicidadezinhas. E as outras lembranças todas?, perguntar-me-ia você, se bem me conhecesse. As outras, ou foram-se com os amores, ou tornaram-se-me opacas e apáticas. Posso lembrar bem de cada uma mas, em algum momento,porém, deixei de assim desejá-lo.

Mas como é possível que um amor exista num instante e no seguinte desapareça? Não o saberia dizer.Mudam os olhos ou muda o amor? Talvez caiba-nos apenas ver o que existe,diria o poeta. E foram os meus amores todos singulares? Decerto.Cada um aconteceu-me uma só vez e morreu uma só vez.

Sou dessas mulheres nas quais você não confiaria se conhecesse de verdade. E tem razão. Posso mentir e enganá-lo de uma forma covarde como nunca viu. Não seria por lhe querer mal, acredite. Você não acredita, pois bem. Mas também posso decidir ser-lhe verdadeira. Talvez você se canse rápido e vá embora. Mas talvez você fique. Talvez, a despeito de saber quem de fato sou, você decida ficar. Talvez...Não poderia enganá-lo se ficasse. Jamais enganaria alguém que trouxesse nos olhos um imenso "eu sei".

3 comentários:

Bruno disse...

Aquele do Rocks era repeteco, então? Hummm...

Suspiros vermelhos de açúcar disse...

I told u!

Bruno disse...

Never told me...