sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Perguntinha

"Afinal, o que você carrega?
Uma bandeira ou um guarda-chuva?
Você é um homem ou um saco de batatas?"

Daniel Giffoni

Coisa incrível

Hoje foi desses dias quando coisas inesperadas acontecem.

A começar quando saí pra trabalhar (em pleno feriado)e o ônibus estava inexplicavelmente lotado às 5:30! Depois, saí do trabalho às 10h, quando o normal é às 13h. Andando pela Paulista, e saboreando o excelente sorvete de coco do Habib's, tive a famigerada sensação de que São Paulo é uma excelente cidade quando tem sua população significativamente reduzida. Como é agradável o silêncio em meio aos prédios!

Mas o bacana mesmo aconteceu quando eu estava esperando o Bonfiglioli no Eldorado. Estava um dia lindo, mas a chuva começou a cair e as coisas foram ficando mágicas...

Com os primeiros pingos, vi pessoas saindo do shopping e olhando pra cima, como que para sentir as gotas. Por mais que fizesse calor, às vezes acho que ninguém mais faz isso. Pois bem, estava errada

E a chuva foi apertando e as pessoas aglomerando-se no ponto. Do nada, muitos ônibus, provindos dos dois sentidos, começaram a chegar um atrás do outro e a deixar muita gente naquele corredor. Curioso porque era feriado e a frequência de chegada estava bem diminuída antes disso

A chuva piorou (ou melhorou) e grandes poças foram formando-se dos dois lados da rua que cercam a parada do Eldorado. Os ônibus vinham devagar, mas um táxi...Chuáaa! Fiquei encharcada da cabeça aos pés. Ainda percebi que não havia soltado a respiração, segundo depois que ele se fora. O mesmo aconteceu com as pessoas que estavam ao meu redor. Alguns xingaram, outros tentaram secar-se. Eu ri e disse que foi bom porque estava calor mesmo...E era só água. E lá veio mais um táxi...Chuáaa!! O dobro de água do que o anterior! E a senhora ao meu lado riu alto. O moço de óculos sorriu e parou de desviar quando vinham outros carros. E, como essas coisas que encantam, uma a uma, as pessoas foram gostando da água. Não falo de quatro pessoas bem humoradas...Falo de muita gente, calculo que umas 90 pessoas. Eram senhorinhas, pais com crianças de colo, namorados, homens de terno e moças de vestido e chapinha. E começou uma torcida pelos táxis rápidos e sua falta de cuidado. Porque a água era boa e aquilo tudo estava pra lá de divertido. Estavam todos em sopa quando começou a ventar forte. Foram sombrinhas voando, saias levantando, gritinhos, frio. E todos ainda riam!! Ninguém ficava desagradado quando vinha um novo jato. Uma grávida chegou mesmo a ensaiar uns passinhos de dança!

E em meio à euforia que considero outra faceta das manifestações coletivas de humor (geralmente cinza) das pessoas desta cidade, fiquei achando que foi como foi porque eu dei risada quando levei a primeira onda. Claro, é uma supervalorização descarada, mas é bom sentir que se fez algo pra tornar uma tarde chuvosa mais agradável. A comicidade sustenta.

E pensei que as coisas, talvez, ainda tenham jeito.

Versão brasileira Herbert Richers

E ele morreu hoje.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Juvenar

Pra lembrar das noites felizes com os amigos lá em Rio Claro, onde o céu é sempre azul.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

"a saudade é a distância entre eu e como eu gostaria de estar"



É mesmo...



(via http://www.fragmentos.bz/ )

Horas

"72h em você"
(Consolação)

Quando eu me chamar saudade

Sei que amanhã
Quando eu morrer
Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha um bom coração
Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear
Fazendo de ouro um violão
Mas depois que o tempo passar
Sei que ninguém vai se lembrar
Que eu fui embora
Por isso é que eu penso assim
Se alguém quiser fazer por mim
Que faça agora
Me dê as flores em vida
O carinho
A mão amiga
Para aliviar meus ais
Depois que eu me chamar saudade
Não preciso de vaidade
Quero preces e nada mais